terça-feira, 28 de junho de 2016

Quem eram os federalistas do pós-guerra?

Para quem ainda não sabia, informo que o ordoliberalismo germânico - a doutrina que preconizava a subtracção da economia aos decisores políticos mediante a fixação de regras jurídicas organizadoras da economia capitalista que seriam imunes aos efeitos das eleições - fazia parte do ideário de alguns dos mais influentes federalistas europeus do pós-guerra. Quando ouço na televisão os suspiros desalentados dos federalistas dos nossos dias, fico perplexo com tanta ignorância sobre as implicações de uma moeda única para a Europa.
Ainda hoje nos querem impingir a mentira de que a ascensão de Hitler se deveu à hiperinflação dos anos vinte quando, de facto, ela já estava ultrapassada há muito. Pelo contrário, foi a espiral da austeridade deflacionista, levada a cabo pelo Chanceler Brüning, a partir de 1930, para responder aos efeitos da Grande Depressão nos EUA, que gerou o desemprego de massa e criou o ambiente de conflitualidade social e política que catapultou Hitler para o poder. Tal como hoje, nesses anos de crise, a social-democracia apoiava as políticas de rigor orçamental, com excepção da Suécia.
Nessa época, a defesa da paridade com o ouro – câmbios fixos – obrigava todos os governos a adoptar as políticas de austeridade que bem conhecemos. Os desequilíbrios externos não podiam ser resolvidos através de correcções nas taxas de câmbio e só restava produzir uma recessão pelos cortes na despesa pública, para fazer baixar os salários, o que reduzia as importações e tornava mais competitivas as exportações. A taxa de juro também era aumentada para atrair capitais/ouro, o que agravava a recessão. Hoje, estamos a sofrer os efeitos da mesma política orçamental, em nome da moeda única e do sinistro projecto europeu sonhado por seguidores da doutrina ordoliberal.
Leiam o texto abaixo e tirem as vossas conclusões sobre o projecto destes federalistas europeus do pós-guerra.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Ilusões

Santa ingenuidade, olha-se o PS como se "O Salvador" descesse à terra e perdoasse todos os pecados da humanidade, olha-se apenas o imediato, sem substância, olha-se para nada se ver, aplaude-se a continuidade mas Portugal continua subjugado aos ditames da UE à farsa do Euro e à aleivosia da UEM, o direito de gerirmos os nossos próprios destinos continuam a ser negados, a nossa economia continua sujeita aos interesses de mercados viciados, o desemprego grassa, a precariedade é a mesma, o Euro é para manter, não se discute, assim como não se discute nada do que é essencial em termos Nacionais, soberania e independência transformam-se em palavras sem conteúdo, andam extasiados com o PS, excitados com o Costa, plantam-se sorrisos de conquista e tal como num romance formam-se exércitos de néscios Dons Quixotes que marcham cegamente em defesa do indefensável.
Vivemos num período sui generis, calculado ao pormenor. O PS e os seus ilusionistas de cartola distribuem alguns doces pelos quatro cantos desta Lusitânia deslumbrada mas mantendo-nos vergados, submissos e dependentes.
A ilusão de que agora é que é está a ser plantada docemente nas classes mais pobres, já se diz que, agora sim, a classe media vai renascer e que o "sol vai brilhar para todos", discursos de grande pompa ... pois pois.
A negar todas estas ilusões temos pela frente as tempestades da CGD, o BCP, uma economia decadente, politicas bolorentas, uma União Europeia tirânica com práticas mafiosas, um tratado orçamental ao qual estamos acorrentados e impossível de cumprir, uma dívida inexequível de ser paga e uma moeda (Euro) que apenas serve os desígnios da actual política de germanização europeia.
Isso, gentes da minha terra, continuai, cantando e rindo e ...VERGAI-VOS perante mais uma ilusão.